Lisa Kudrow dá-nos uma das suas melhores interpretações no pequeno ecrã na nova série da Netflix “Não Há Bela sem Senão”, pronta para cativar o público com uma história cativante que mistura na perfeição três géneros de narrativa, da comédia ao crime e ao drama mais profundo. A mentora deste projeto de série, um dos mais bem sucedidos e originais da Netflix este ano, é a vencedora de um Emmy Liz Feldman (Disque Amiga para Matar), enquanto em frente à câmara encontramos, para além da ex-Friends Phoebe, Denis Leary (Rescue Me), O.T. Fagbenle (A História de uma Serva) e Ray Romano (Everybody Loves Raymond). 

Não Há Bela sem Senão: resumo do enredo

Não Há Bela sem Senão conta a história de um casal que luta pela venda da sua mansão num dos bairros mais desejados de Los Angeles. Mas por detrás desta casa de sonho e da sua vida aparentemente perfeita escondem-se muitos segredos obscuros que virão à tona episódio após episódio. Um homicídio, um quarto secreto, um irmão na prisão, vizinhos intrometidos são alguns dos elementos desta comédia policial. O resto é para descobrires.

Uma história cativante de crime, drama e comédia

O que mais impressiona nesta série é a sua direção original e fresca, sempre atenta a captar a mente e o coração do espetador, atraindo-o para uma história verdadeiramente intrigante que acaba sempre por ser o oposto daquilo que pensas compreender. Belo é o trabalho feito com as personagens, cada uma delas tão complexa e fascinante nas suas contradições e imperfeições que se torna uma representação tão concreta do ser humano que parece real.

Cada episódio, entre flashbacks e reviravoltas, dá ao espectador uma pequena peça de um puzzle maior que se revela na sua totalidade apenas no final e desenha uma história tão articulada na sua simplicidade, profunda na sua leveza e diferente do que estamos habituados a ver no pequeno ecrã que se torna irresistível.

Não Há Bela sem Senão é uma série que não tem medo de ser diferente das outras, de ser original, de ter a sua própria personagem bem definida e também de sair dos trilhos para dar ao público um espetáculo que o cola ao ecrã com o seu suspense, a sua comédia e os seus momentos profundos de reflexão sobre a complexidade dos laços humanos que fazem com que toda a história seja muito mais do que pode parecer à primeira vista.

Esta é uma daquelas séries que conseguem falar de temas muito delicados como o luto, a culpa, a morte e a família com uma leveza que se torna de grande impacto e nunca é superficial. Parabéns aos argumentistas desta série, aos actores, ao seu criador e ao realizador, porque finalmente temos diante de nós uma série realmente bem pensada e realizada que está pronta para surpreender toda a gente. Não cometas o erro de a deixar passar.

Avaliação: 7.3