Chegou à Netflix a terceira temporada de Nos Meandros da Lei, a série jurídica inspirada nos romances policiais de Michael Connelly, lançada pela primeira vez na Netflix em 2022. É tempo de Manuel Garcia-Rulfo regressar ao papel de Mickey Haller, o charmoso e pouco convencional advogado de Los Angeles sempre pronto a encontrar um equilíbrio entre o caos do trabalho e da vida privada e, acima de tudo, a resolver os casos legais mais complicados da sua cidade a bordo do seu Lincoln.

Com os novos dez episódios do seu terceiro episódio, inspirado no quinto livro da série The Lincoln Lawyer, The Gods of Guilt, Nos Meandros da Lei, tenta defender-se o melhor possível dos sinais dos tempos, mas há que admitir que esta série, talvez, já não tenha muito para oferecer a um público cada vez mais exigente e necessitado de estímulos constantes. Mas vamos dar um passo de cada vez e tentar perceber o que não funciona na terceira temporada de Nos Meandros da Lei.

Se o enredo das duas primeiras temporadas da série se apoiava inteiramente no charme do advogado Haller e em casos fortes e cativantes, contados através de contínuas reviravoltas, neste terceiro capítulo Nos Meandros da Lei parece perder um pouco do seu brilho com uma narrativa que luta para se renovar, descolar e envolver o público. A história retoma o final da segunda temporada e, mais concretamente, a descoberta do assassinato de uma velha conhecida de Mickey, Gloria Deyton, ou seja, Glory Days, uma prostituta que Mickey defendeu em vários casos no passado e que ajudou a mudar de vida.

Uma morte que choca o advogado, que se vê não só a desvendar o emaranhado ligado à morte da rapariga, mas também a defender a principal acusada do crime, a própria Glory Days, que ele acredita estar inocente. A partir daqui, começa uma caça ao verdadeiro assassino da rapariga, entre represálias rancorosas, segredos e golpes baixos de criminosos locais que parecem estar particularmente envolvidos, e muito mais.

O ponto fraco desta temporada é o facto de estar presa a um enredo demasiado emaranhado e pouco excitante, em que as personagens envolvidas não são suficientemente fortes para criar uma ligação com o público e fazê-lo querer continuar a ver a série. Além disso, até o próprio protagonista e as personagens principais da série parecem já ter dado tudo o que podiam nas temporadas anteriores.

Nos Meandros da Lei 3 é uma temporada plana, aborrecida e desinteressante e marcará talvez o fim desta série que já disse e deu tudo o que podia.

Avaliação: 6